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Origem do Tarot:


É difícil estabelecer uma data precisa para a criação do Tarot. As versões mais antigas que chegaram até nós datam do séc. XIV, mas alguns estudiosos dizem que o Tarot foi inventado há milhares de anos, pelos egípcios segundo uns, ou pelos romanos ou indianos de acordo com outros pesquisadores.

Não existe nenhuma prova histórica de que isso seja verdade, mas é muito provável que o Tarot seja mesmo muito antigo, já que, desde a antigüidade, imagens e símbolos eram freqüentemente usados para iniciações religiosas, carregando simbolismos e significações que não deveriam ser expressas abertamente, devido à sua natureza secreta ou à perseguição de outras religiões, principalmente à da Igreja Católica.

A popularidade que essas cartas obtiveram através dos tempos pode ser facilmente entendida quando observamos o fascínio que seus desenhos produzem em nós, já que são todas representações de mitos e arquétipos que vivem em nosso inconsciente coletivo.

O baralho do Tarot compreende 78 cartas, que se dividem em 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores. Cada carta do Tarot apresenta um conjunto de imagens e figuras, com significados que se interligam e conversam entre si.

O Tarot é um instrumento que nos permite analisar, meditar e refletir sobre nosso passado, presente e futuro, através de seu sistema de simbologias e metáforas, guiando-nos pelo caminho do auto-conhecimento. Suas imagens, cores e símbolos possuem uma significação que, juntas, dão ao consulente (pessoa que consulta o Tarot) uma visão geral do que a carta significa.

É importante notar que existem várias versões do baralho de Tarot, mas o significado de suas cartas quase sempre é o mesmo.

Como utilizá-lo:




Mais do que o baralho em si, o Tarot é a ciência e arte de interpretação dos símbolos representados pelas cartas. É importante lembrar que a significação desses símbolos varia de acordo com a pessoa e a situação que ela vive. Assim, de acordo com a vivência particular da pessoa, cada carta poderá estar associada a mitos e arquétipos específicos. O Tarot é, antes de tudo, um método de auto-conhecimento, uma viagem para dentro de nós mesmos, onde nos confrontamos com nossa mente e desejos e, mais importante, quem somos.

Outra decorrência interessante da utilização do Tarot é o despertar de nossas faculdades intuitivas, à medida que nos colocamos em contato mais freqüente com nosso mundo interior. Muitas pessoas que têm o dom da clarividência utilizam o Tarot como um meio de exercitar esse dom e fazer bom uso dele.

O Tarot é muitas vezes usado para prever o futuro, o que não deixa de ser uma de suas funções. Mas é necessário sempre ter em mente tudo o que este oráculo pode nos oferecer além das previsões. Quando conhecemos o potencial que o Tarot tem de transformar nossas vidas no presente, entendemos, finalmente, que o futuro está só em nossas mãos e será o que fizermos dele.

Tarot: O que ele responde?



O Tarot funciona muito bem quando você tem plena consciência da situação que está vivendo e pode e sabe que pergunta fazer. Por mais que isso pareça lógico, muitas pessoas fazem perguntas muito genéricas quando consultam o baralho.

Perguntas diretas, que incluam pessoas, tempo e lugares são as que mais facilmente são respondidas. Por exemplo, se você perguntar "Como estão as coisas em meu trabalho?", as cartas podem lhe responder sobre seus colegas, sobre sua vida financeira, ou sobre seus planos futuros. Nesse caso, a melhor maneira de saber sobre sua vida profissional seria "Meu trabalho será reconhecido?" ou " Eu vou permanecer nesse emprego ou mudar de empresa?". Dessa maneira, sua interpretação estará dirigida a um único assunto, facilitando a compreensão de seus significados.

Em relação ao seu futuro, o que o tarot pode fazer é apresentar suas perspectivas futuras, ou o que é provável que aconteça devido aos acontecimentos de sua vida até o momento. Esse prognóstico não é definitivo nem irreversível, e os acontecimentos futuros dependem de suas decisões e escolhas.

Tarot e Jung


O tarot, como já dito anteriormente, não tem como principal função prever o futuro. O que ele faz melhor é guiá-lo através de suas dúvidas e questionamentos, ajudando-o a tomar decisões que podem ser melhores para você. O psicólogo Jung fez um estudo do tarot e viu em suas cartas um ótimo instrumento de auto-conhecimento e psicanálise, devido a seus símbolos, arquétipos e mitos nelas ilustradas.

No livro Tarot: Uma viagem arquetípica, Jung analisa o fenômeno da sincronicidade, representado pelas coincidências provocadas por sugestão das cartas do tarot, ou atos do próprio indivíduo. Ele diz que, às vezes, a significação das cartas pode ser erroneamente interpretada, levando o consulente a identificar pessoas ou situações que não correspondem à realidade.

Para melhor entendermos essa questão, vamos tomar como exemplo o Cavaleiro de Espadas, que é uma carta onde a imagem de um homem forte e possível traidor aparece. Se a pessoa tirar essa carta e identificar na figura do Cavaleiro de Espadas algum inimigo ou conhecido, pode acabar por tratá-lo mal, evitá-lo, etc, o que conseqüentemente levaria esse relacionamento ao fracasso e final. A previsão, então, se concretizaria. Mas até que ponto essa pessoa foi a responsável direta por isso?

Nosso conselho é que, ao consultar o tarot, é importante interpretar suas cartas com cuidado e atenção. Olhe para as cartas, reflita sobre suas figuras e símbolos e lembre-se sempre que o ser humano é dotado do livre-arbítrio e tem o poder de traçar seu próprio destino.