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-O Louco:
Última carta do tarô que também pode ser considerada a primeira. Se examinado superficialmente o seu papel é nulo.
É um ser irresponsável, inconsciente e passivo que se arrasta de maneira irracional.
O chapéu de bufão indica incoerência e multiplicidade. O louco é um aviso a não abandonar a razão já que o infinito nos faz esse convite.
A lição do louco é uma evolução exclusivamente interior que renunciou aos bens materiais e à ambição.
É o mesmo homem que iniciou os arcanos maiores, o louco é a voz da verdade, só que livre das convenções sociais.

-O Mago:
O Mago empunha com a mão esquerda a vara de condão (que significa o Fogo Divino, o início de uma ação, movimento ou ciclo), enquanto assinala com a direita os instrumentos de seu ofício: o copo, símbolo do elemento Água e da sabedoria; a faca (ou espada), símbolo do elemento Ar e da coragem; e os dados, que com sua forma geométrica regular simboliza a estabilidade do elemento Terra, assim como seu caráter constritivo.

Em sua roupagem predomina o vermelho, cor da atividade, do impulso juvenil, da energia. Seu chapéu sugere a figura da lemniscata (o oito invertido), simbolizando o infinito. No alfabeto hebraico representa a primeira letra alef, ou alfa, a qual a figura do mago parece sugerir com o movimento de seus braços.

O Mago representa, em suma, o enfoque cognitivo ocidental, a expansão da consciência pela tentativa e erro, na direção do conhecimento do mundo exterior. É o impulso gerador, tipicamente masculino, ao mesmo tempo guerreiro e criativo.

-A Papisa:
A Sacerdotisa (ou Papisa), segundo Arcano Maior, representa o mistério, o conhecimento oculto, feminino. Desde a antigüidade está associada ao desenvolvimento através da intuição, da introspecção e do sentimento, apesar de a cultura e religiões ocidentais enfatizarem o desenvolvimento através da razão e da atividade material (arquétipos tipicamente masculinos).

Sua indumentária (azul e carmim no tarot de Marselha) representa a espiritualidade, o elemento Água, a energia do Amor-Sabedoria (o Segundo Raio, na tradição esotérica). Representa ainda a Maternidade, Géia (Mãe Terra), ou ainda a Grande Mãe Cósmica.

A figura da Papisa está astrologicamente associada à Lua, luminar que regula a emotividade e a vidência, os saberes noturnos (iniciáticos), portanto acessíveis a apenas alguns poucos. No alfabeto hebraico relaciona-se à letra bet, ou beta.

Desta forma, de modo a levantar o véu que lhe encobre a cabeça, (a tela que lhe envolve o busto no baralho de Marselha) é necessário percorrer o caminho interior, não através do aprendizado nos livros, dos métodos racionais, mas através da intuição, dos caminhos do inconsciente (e posteriormento do eu-superior), e, finalmente, através dos ritos e dos ritmos.

- A Imperatriz:
Terceiro Arcano Maior, a Imperatriz representa a figura da Virgem para os Cristãos, e a Vênus Urânia para os gregos antigos. Sua figura alada remete ao plano mental (elemento Ar), representando assim a rapidez intelectual. Simbolizada pela coroa e pelo cetro, a superioridade intelectual é a via de elevação que este arcano representa rumo às regiões de perfeição arquetípica da humanidade.

Associada à autoridade representada pelo vestido vermelho está a serenidade vinda da consciência de sua própria condição interior, do conhecimento adquirido através dos ciclos de experiência da alma (as doze pedras preciosas da coroa representando os doze trabalhos de Hércules e as doze casas zodiacais).

Figura feminina como a da Sacerdotisa, a Imperatriz distingue-se desta última no sentido de que sua fecundidade está mais relacionada ao desenvolvimento mental (a Virgem), enquanto aquela está associada à fecundidade material e anímica (a Mãe). A Imperatriz representa portanto o Terceiro Raio (Inteligência Ativa), ao impulso intelectual de estruturação. No alfabeto hebraico representa a letra guimel, ou gama.

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O Imperador:
O quarto arcano do tarot representa o Senhor do Mundo em seus aspectos concretos. Simboliza a estabilidade do quadrado, dos Quatro Elementos, dos quatro signos fixos do Zodíaco, etc.

Com a mão direita empunhando o cetro, símbolo do poder, também presente no emblema da águia que se vê estampado no escudo a seus pés, imagem o Imperador resume a autoridade e domínio sobre os mundos material e espiritual, que se conjugam harmonicamente no equilíbrio dos elementos. O Imperador simboliza portanto o Quarto Raio (a Harmonia). No alfabeto Hebraico o Imperador está relacionado à letra dalet, ou delta.

- O Papa:
O Papa é a representação do poder espiritual masculino. Aparece sempre representado entre as duas colunas do templo de Salomão. A sua roupagem é azul e dourada, representando, respectivamente, a sabedoria e o espírito. O toque vermelho dá o aspecto ativo e combativo da fé.
O significado simbólico do Papa está centrado na sabedoria, nos bons conselhos e na autoridade espiritual. Sua tarefa é divina, ele tem de conciliar, fazer com que os mais simples entendam as verdades. A sua mitra faz referência às três verdades abstratas dos planos da existência: o físico, o mental e o espiritual.
Traz um cetro na mão esquerda igualmente sagrado. Sete pontas e símbolos planetários fazem alusão direta ao poder que o pontífice exerce sobre o mundo.
O rosto sereno expressa uma condição espiritual elevada. É indulgente e benévolo. Problemas que repentinamente ficam esclarecidos, soluções inesperadas. A sua figura é sempre sinônimo do mais alto grau de elevação espiritual, tanto nos planos anímicos quanto intelectuais.
O Papa dá sábios conselhos, pois a sua inspiração vem diretamente de Deus, a imparcialidade, o discernimento, o conhecimento e a intuição o fazem eloqüente, persuadindo o interlocutor com firmeza e segurança. O arcano atua como intermediário entre a terra e o céu. Assim como a terra e o céu, tudo o que acontece, seja agradável ou não, é expressão de harmonia e deve ser respeitado e aceito.
O Papa é o mediador por excelência, diplomata e legal, protetor influente e infalível. Relaciona-se principalmente com os jovens. Diante de seu trono estão ajoelhados dois penitentes.

-O Namorado:
O sexto Arcano é inspirado na mitologia. O herói Hércules, filho do poderoso Zeus e educado pelo mais sábio dos centauros, Quirão tem de decidir algo que será determinante para o seu futuro. O bem e o mal; a pureza e o vício, o trabalho e a preguiça estão ali representados por duas lindas jovens que lhe mostram caminhos e vantagem diferentes. A mulher modestamente vestida promete apenas coisas morais, enquanto a outra, sedutora, oferece o prazer.
As cores da bacante - vermelho, verde, amarelo e azul - são vivas e mexem com o seu lado humano. A virtude leva roupas azuis e verdes. O verde é a cor simbólica atribuída a Vênus, a deusa do prazer e da sedução. O amarelo representa o dinheiro e os sentimentos negativos que geralmente o acompanham. O ciúme e a inveja. O cupido do céu relaciona o iniciado com o signo de sagitário.

-O Carro:
O caudilho conduz o carro triunfante. Tem reconhecido o seu valor reproduzindo o comportamento do guerreiro romano, já que a ele estava dedicado o carro que o faria dar a volta ao Capitólio, como reconhecimento público de seu valor militar.
O sétimo arcano representa a segurança e a superação de obstáculos praticamente intransponíveis. O escudo vermelho representa a luta e o protege das tentações materiais. O azul se refere ao componente intelectual e espiritual do personagem. O guerreiro obteve a vitória sobre os instintos e as emoções. A esquadra maçônica representa a ordem universal, sinal das verdadeiras intenções do vencedor. Apesar de sua aparência dominadora e belicosa, o guerreiro não aspira ao poder material e sim ao aperfeiçoamento moral. As três pedras da coroa real simbolizam a conciliação do corpo, da alma e do espírito. O número sete é o número da perfeição e da integridade de uma série. Sete são os dias da semana, sete são as virtudes e sete os pecados capitais. Assim como sete são as notas musicais, as cores do arco íris, e os planetas conhecidos pela astrologia antiga, isto é, antes do descobrimento de Urano, que aconteceu no século XVIII.
O cavalheiro personifica o sol e o carro era o veículo que o transportava nas diversas culturas: Osíris, Surya, Hélios corta cada dia o céu. Existe por acaso alguém mais poderosos que o sol? Ele luta e aniquila os demônios da escuridão. Graças à sua caminhada diária, os anos e os séculos podem terminar. O número três simboliza o triângulo; representado pelo rei e os dois cavalos somados às colunas, acabam por completar o sete novamente. O sete é o número mágico por excelência.

-A Justiça:
O caudilho conduz o carro triunfante. Tem reconhecido o seu valor reproduzindo o comportamento do guerreiro romano, já que a ele estava dedicado o carro que o faria dar a volta ao Capitólio, como reconhecimento público de seu valor militar.
O sétimo arcano representa a segurança e a superação de obstáculos praticamente intransponíveis. O escudo vermelho representa a luta e o protege das tentações materiais. O azul se refere ao componente intelectual e espiritual do personagem. O guerreiro obteve a vitória sobre os instintos e as emoções. A esquadra maçônica representa a ordem universal, sinal das verdadeiras intenções do vencedor. Apesar de sua aparência dominadora e belicosa, o guerreiro não aspira ao poder material e sim ao aperfeiçoamento moral. As três pedras da coroa real simbolizam a conciliação do corpo, da alma e do espírito. O número sete é o número da perfeição e da integridade de uma série. Sete são os dias da semana, sete são as virtudes e sete os pecados capitais. Assim como sete são as notas musicais, as cores do arco íris, e os planetas conhecidos pela astrologia antiga, isto é, antes do descobrimento de Urano, que aconteceu no século XVIII.
O cavalheiro personifica o sol e o carro era o veículo que o transportava nas diversas culturas: Osíris, Surya, Hélios corta cada dia o céu. Existe por acaso alguém mais poderosos que o sol? Ele luta e aniquila os demônios da escuridão. Graças à sua caminhada diária, os anos e os séculos podem terminar. O número três simboliza o triângulo; representado pelo rei e os dois cavalos somados às colunas, acabam por completar o sete novamente. O sete é o número mágico por excelência.

-O Eremita:
Como conhecedor do passado, pode ajudar no futuro. O velho sábio anda lentamente na mais absoluta solidão. Controla com o bastão as energias instintivas do universo para que as mesmas não se tornem destrutivas. Leva também um pequeno lampião, que ele recobre com a capa para que não fira os olhos dos andarilhos pouco habituados ao saber.
Por fora, a capa é vermelha como a terra e, por dentro, azul, simbolizando o ar.


-A Roda da Fortuna:
O décimo arcano representa a natureza cíclica dos ritmos universais. O dia que se alterna com a noite, os movimentos planetários e as fases da lua. A subida e a queda estão representadas pela roda. O enxofre e o mercúrio representando respectivamente, o masculino e o feminino. O fogo, a água, o ar e a terra são representados pelas quatro cores: vermelho, azul, verde e amarelo.
O número dez simboliza o indivíduo e a sua capacidade de realização.


-A Força:
Representada por uma personagem feminina que doma um leão com doçura, sutileza e sem esforço físico aparente.
A roupagem da personagem, por ser de várias cores, tem muitos significados. O vermelho é a representação da vitalidade e da força. O azul simboliza a inteligência, o espírito. O chapéu em forma de oito (infinito) personifica o domínio mental sobre o material.
O animal que cada um de nós traz dentro de si não deve ser sufocado e sim canalizado para proporcionar seu máximo potencial. Todos devemos considerar o imenso esforço do alquimista que, com sua ciência, transforma a matéria bruta no mais puro ouro. Se domarmos o leão destrutivo, conseguiremos que se transforme em um instrumento de evolução.
A força interior e a coragem vencerão a causalidade a desordem dos acontecimentos. O intelecto aliado ao conhecimento predominará sobre o instinto. A imagem personifica o mito da ninfa que conseguiu transportar o Deus Apolo até a Líbia e lá venceu sozinha a batalha contra o leão.
Existe uma semelhança também com o valente Sansão que aprisiona a boca de um leão, assim como a faz a mulher nesta carta.

-O Enforcado:
É a carta de número 12.
Representa a décima segunda carta do zodíaco. É o arcano da obtenção do saber, imóvel, disponível para ouvir e receber. Assim como Cristo, manteve-se "crucificado" para redimir a humanidade a partir de sua passagem pela terra. É através da experiência da solidão e pela dor que nascem as idéias claras e luminosas, bases para a aceitação e transformação de si mesmo.
A individualidade é sacrificada consciente e voluntariamente em favor da harmonia universal. Uma nova experiência realizadora se aproxima.
A roupa do enforcado é azul e vermelha passando a idéia de inocência e pureza resistindo às influências nocivas. É a alma a que exerce o poder do enforcado.

-A Morte:
A morte é a premissa necessária para o renascimento. Qual pássaro fênix, é a expressão da transformação para melhor. Os ossos são de cor rosa, que é a representação do humano. A foice deixou no chão cabeça, mão e pé que, mesmo cortados, não perderam a vitalidade, indicando que nada morre completamente. A continuidade está garantida. O homem e suas idéias representadas pela cabeça. Suas ações (pés e mãos) permanecerão mesmo depois que a morte tenha transformado tudo em pó.
A morte é chamada de "sem nome" para exorcizar o seu efeito negativo e o tabu que a cerca. O número treze, contrariamente ao que todos pregam, não tem nada de nefasto. O arcano somente adquire essa característica para as pessoas que temem as mudanças, sendo altamente benéfico para os que reconhecem a sua necessidade: transformação necessária, final de um ciclo e começo de outro, abandono das idéias e dos hábitos do passado para que o futuro inicie o seu caminho.
Os ossos espalhados pelo chão não devem ser motivo de preocupação. Os siberianos, depois de consumir a carne da caça, semeavam os ossos, regando-os diariamente para garantir o renascimento e fecundidade. A referência é direta também ao Deus Saturno, que ceifa tudo nivelando com sua foice, pobres, ricos, bons, malvados. A flores e folhas entre os ossos garantem a continuidade da vida. O herói Jasão plantou ossos de dragão para obter guerreiros armados. A morte é parte da vida e, por isso, deve ser aceita sem questionamentos.

-A Temperança:
É a representação do anjo da vida universal. A transmutação do líquido que passa de uma jarra à outra lembra a transformação da água em vinho, realizada milagrosamente por Cristo nas terras de Canaã.
A carta representa a metamorfose interior, a regeneração, o equilíbrio entre o princípio solar, masculino e o lunar, feminino.


- O Diabo:
O diabo está representado com seios femininos, com cabeça e patas de cabra além do corpo recoberto de pelos. As cores de seu corpo são uma alusão direta aos quatro elementos que constituem o cosmos -Terra, Água, Ar e Fogo -, além dos elementos dos espíritos elementares e as forças difíceis de domar.
Os homens que o sustentam são de natureza semi-humana assim como ele. O sorriso em seu rosto indica o domínio que exerce sobre os homens. A referência dos dois personagens, um ying e outro yang são as paixões que aprisionam o homem, transformando-o praticamente em animal. O diabo é o arcano da prisão, das correntes que sufocam e oprimem e que devem ser quebradas com muita força de vontade, coragem e instinto. No cosmos, a desordem está limitada pela ordem e a ela está subordinada.

-Casa de Deus:
A décima sexta carta é a representação da Torre de Babel, construída pelo egoísmo e pela ambição de alcançar o reino dos céus. O sacerdote buscava uma comunicação mais próxima com Deus. O homem, pela sua sede de poder, tenta escalar a construção. O raio divino que corta o alto da torre foi lançado para castigar a presunção, a arrogância e a busca desmedida pela perfeição dos homens. Deus deixa claro que o homem jamais pode querer igualar-se ao seu criador. As cores amarela e verde simbolizam o orgulho e a ambição. Os dois personagens foram precipitados do alto da construção pela chuva de fogo, porque quiseram coisas em demasia. Um é o construtor da torre e o outro o rei já sem coroa. Os personagens vão cair no terreno com as cores da perfeição e da esperança: rosa e ouro. O arcano é um dos piores do tarô. Se a carta está em pé, tanto pior. Representa o mal como complemento do bem ou condição precedente.

-A Estrela:
A moça da carta tem o rosto bonito e de feições doces. Das ânforas verte a água ardente para purificar a água negra A jovem de joelhos, é beneficiada pela força das estrelas. Essa carta nos lembra, ainda, que sempre existe uma luz, não importa quão escura a estrada nos pareça. As Estrelas representa essa esperança, coragem e inspiração que é a promessa de que dias melhores virão.


-A Lua:
O rosto da lua refletido no lago mostra um caranguejo, o que faz alusão direta ao signo de Câncer, domicílio da lua. Os cachorros defendem a ordem cósmica. O lobo e o cachorro sempre tiveram conexão com a lua. Na mitologia, a deusa Ártemis sempre sai para caçar seguida de seus cães. O caranguejo, com o seu andar para trás, lembra-nos o caminho da lua contrário ao do sol.
As gotas estão sendo atraídas pelo poder lunar. A lua atrai femininamente sem emanar nunca. Este arcano é a última carta dos arcanos maiores, mais negativa quando em pé do que invertida. Quando invertida os seus efeitos se atenuam.

-O Sol:
É o arcano que se opõe à lua. Os gêmeos representam o pólo masculino (enxofre) e o feminino (mercúrio). É a verdadeira essência das coisas, a hora em que o Louco sai da escuridão para um novo estado de consciência. Simboliza a constância e a estabilidade.




-O Julgamento:
É o arcano do juízo final, da verdade separando o plano espiritual do material. O anjo é o arcanjo Miguel. Intermediário entre Deus e os homens. Os homens representam a inocência e a pureza anterior ao pecado original. O homem realiza a sua última transformação com o sentido de subir para o seu destino. O homem e a mulher estão representados aqui e, entre eles, a criança alquímica transformada em ser espiritual.


-O Mundo:
A décima primeira carta representa a mulher por excelência. Símbolo da vida, fecundidade, formação e nascimento.
Os quatro elementos cósmicos estão representados na carta: Ar, Terra, Fogo e Água. Também os imperativos mágicos; saber, querer, ousar e calar. Sintetiza, assim, os quatro elementos se obtém a perfeição de tudo o que foi criado.